quinta-feira, 24 de abril de 2008

Paciência



Hoje, feriado ensolarado no Rio de Janeiro, acordei cedo e fui ao sepultamento da mãe de uma amiga.


Triste, fiquei bastante sensibilizado, chorei por ela, pelo pai, pela mãe que foi e por todos nós, que invariavelmente passamos por isso em algum momento da vida.


Como toda perda está acompanhada de um aprendizado, tive os meus hoje. Sobre eles, não posso discorrer e nem saberia enumerá-los aqui. Ultrapassaria alguns limites da privacidade minha e alheia, além da possibilidade de entediar quem passa por aqui.


Fui com a minha irmã, de trem. A última vez que andei de trem com ela, tinha menos de 10 anos e estava acompanhando de meu querido avô (que se foi há 10 anos). Este "passeio" foi um resgate paralelo bastante importante pra mim.


O enterro foi em Paciência, um lugar longe. Pra se ter uma idéia da distância...fica depois de Campo Grande, Madureira (onde morava meu querido avô e que já é longe) fica na estação de nº15. Paciência fica na estação nº34, duas estações antes da final (Sta Cruz). Nem em meditação fui tão longe...


Mas enfim, queria só mesmo destacar a importância desta palavra na nossa rotina. Esqueço bastante de exercitá-la, mas com o tempo passando, confesso que me sinto mais suscetível aos seus chamados de lucidez.